A primeira ação coletiva impulsionada na Alemanha contra a Volkswagen pelo escândalo da manipulação de emissões conta com o apoio de 300 mil usuários de automóveis com motores a diesel, segundo informações da revista "Der Spiegel".
EFE
Berlim - De acordo com a publicação, até 28 de dezembro tinham apoiado a causa 294 mil proprietários de automóveis afetados, quantidade que aumentou com as novas incorporações nos três dias seguintes.
| EFE/MICHAEL REYNOLDS |
Em 31 de dezembro terminou o prazo para se unir à ação coletiva, de acordo com a revista, que utilizou os dados divulgados por um porta-voz do departamento de Justiça competente nesse caso.
A iniciativa para a abertura desse processo coletivo, o primeiro destas caraterísticas impulsionado na Alemanha, foi formalizada em 1 de novembro e organizada pela Associação de Consumidores, com o apoio do clube de automobilismo ADAC, o maior do país.
O objetivo da causa é estabelecer se os afetados terão direitos a indenizações e se a companhia deveria assumir os danos ocasionados pela manipulação dos softwares dos motores a "diesel".
Caso a justiça opine que esse é o caso, corresponderá aos afetados exigir de maneira individual uma indenização ou bem chegar a um acordo entre as partes.
O registro foi aberto em novembro e a partir daí cada eventual afetado pôde se inscrever na lista sem custo algum ou necessidade de um advogado. Com a inscrição do registro, os afetados evitaram que suas reivindicações prescrevessem.
A ação coletiva foi criada para os proprietários de veículos das marcas Volkswagen, Audi, Seat e Skoda afetados pelo problema.
Alguns modelos destas marcas foram equipados com um software ilegal capaz de fraudar as emissões poluentes nocivas, o que obrigou as empresas envolvidas a fazer um recall de milhões de veículos para reparar essas irregularidades em diversos países do mundo.

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