Henrique Koifman/ RF1 | iCarros
Desde o nascimento de sua primeira geração, em 1974, o Golf já superou os 35 milhões de unidades produzidas e está em terceiro lugar entre os carros mais vendidos de todos os tempos – perde para o campeão, Toyota Corolla (que foi lançado 8 anos antes) e para as picapes da série F da Ford (essas, nas ruas desde 1948).
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| Divulgação |
Aqui no Brasil, embora nunca tenha chegado ao topo, o modelo criou (boa) fama no mercado e, especialmente com sua sétima geração, se transformou em uma referência para hatch esportivo com a sua versão GTI de 220 cv de potência.
Sem quase contar com acessórios espalhafatosos – no máximo, um friso vermelho aqui e uma roda diferente ali – era de longe o carro nacional que andava mais forte.
Sumiço das lojas
Sintomaticamente, o Golf começou a sumir das concessionárias brasileiras em suas versões mais baratas na época de lançamento de seu parente T-Cross, o primeiro SUV produzido pela VW em nosso país. O GTI ainda resistiria por mais alguns meses.
Foram eles, os esportivos utilitários de porte médio, que rapidamente conquistaram a preferência nacional, os virtuais carrascos desses “dois volumes”.
Antes do Golf, rivais, importados como o Ford Focus hatch, o Peugeot 308 e o Hyundai i30 já haviam jogado a toalha por aqui. O único modelo a persistir nesse segmento – até hoje – é o Chevrolet Cruze Sport6, literalmente, “o último dos moicanos”.
Na Europa, muitas configurações
Hoje, falando português e pagando a partir de R$ 154.544,53, você leva para casa um VW Golf geração oito zerinho – desde que esteja em Portugal. A quantia – equivalente a 243.900 euros na conversão direta – se refere à versão equipada com o motor turbo de três cilindros, igual ao do Up! vendido aqui, que lá gera 110 cv de potência.
Mas, além dessa configuração, há várias outras – com propulsores de 1.4, 1.5 e 2.0 litros –, a gasolina, diesel e híbrido, culminando com a versão R, com seus 320 cv, por R$ 367.282,04 (56.780 euros).
Além do desenho renovado, essa geração mais recente do carro traz uma infinidade de recursos tecnológicos, especialmente relacionados à segurança.
O futuro é elétrico
A opção totalmente elétrica – o e-Golf –, presente até a sétima geração do carro, porém, não existe mais, nem na Europa. Isso porque, desde 2020, o posto de hatch médio EV (totalmente elétrico) da linha VW por lá é ocupado pelo modelo ID.3 – que, aliás, já tem seu irmão SUV de mesmo porte, o ID.4.
Como a Volkswagen já anunciou com toda pompa que pretende eletrificar toda a sua linha de modelos até 2030, tudo indica que essa oitava e elogiada geração do Golf – a que não teremos no Brasil – será também a última.
Se você curte carros e nunca dirigiu um Golf, aconselhamos enfaticamente que comece a tratar bem o seu tio, o vizinho caladão do 702 ou outra pessoa que tenha um – de preferência um GTI recente – para poder pedir emprestado.
Se guiar, existe uma fortíssima possibilidade de que entre para o clube dos saudosistas desse modelo, de desenho relativamente comportado, discreto, mas com uma rara capacidade de plantar sorrisos irresistíveis no rosto de seus motoristas.


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