Com 224 cv combinados, chama a atenção diante do Toyota Corolla Cross, principalmente
Por Leo Fortunatti | Motor1
Com os híbridos plug-in, se tornou comum o discurso dos 1000 km com um tanque+carga. Mas quando falamos de um HEV, um híbrido-pleno, sistema que é mais popular no Brasil e dispensa recarga externa, porém usa menos o motor elétrico e mais a combustão? Este era o desafio com o novo Omoda 5 HEV, que chega ao Brasil por R$ 159.990 com um conjunto de 224 cv combinados.
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| Foto de: Divulgação |
Saindo de São Paulo (SP) com destino a Vitória (ES) e uma parada no Rio de Janeiro (RJ), o desafio era justamente fazer esse percurso de quase 1000 km com o Omoda 5 HEV. Parece fácil, mas é um carro que, pelo Inmetro, tem uma autonomia rodoviária de cerca de 670 km - uma média registrada de 13,2 km/litro em um tanque de 51 litros.
O que é o Omoda 5 HEV?
Depois do Omoda E5, versão elétrica do SUV cupê, chegou o Omoda 5 HEV, a versão que realmente tem armas para balançar o mercado brasileiro. Primeiro, é um híbrido-pleno, sem necessidade de recarga externa, como popularmente ficou conhecido com o Toyota Corolla. Com isso, uma faixa mais ampla de compradores devem se interessar pelo Omoda 5.É um SUV médio, com 4.447 mm de comprimento, 2.610 mm de entre-eixos, 1.824 mm de largura e 1.588 mm de altura. Com estilo cupê, chama a atenção pelo design, mas não é um carro carregado e exagerado, mas ainda assim segue tendências, como os faróis em duas partes e as lanternas em LEDs finas. Nas duas versões vendidas, as rodas são de 18".
Mas o principal está no motor. A combustão, o 1.5 turbo, com injeção direta de gasolina, está ligado a um motor elétrico em transmissão DHT que, em conjunto, podem gerar 224 cv e 30,1 kgfm. São bons números, alimentados por uma bateria de 1,83 kWh recarregada pelo motor a combustão e em desacelerações. Segundo o Inmetro, temos um consumo urbano de 15,1 km/litro na cidade e 13,2 km/litro na estrada.
Chega aos 1000 km sem reabastecer?
Durante a viagem, a estratégia de consumo de cada motorista/navegador era livre. Com minha dupla, definimos que seguiríamos com o ar-condicionado ligado, priorizando o conforto, e dosando o pé no acelerador conforme o consumo mostrado no painel, mas sem afetar a segurança na estrada com velocidades baixas.Na cidade, o Omoda 5 HEV aproveita bastante o motor elétrico, que sozinho tem 204 cv e 31,6 kgfm e por isso consegue movimentar o SUV. Em velocidades baixas, raramente liga o 1.5 turbo, e isso foi vantajoso no primeiro trecho, ainda no trânsito de São Paulo (SP). Não poucas vezes, a média de consumo ficou acima dos 30 km/litro no painel.
Como a bateria é pequena, o 1.5 turbo é ligado com bem mais frequencia que em um PHEV. Trabalha suave, ainda é perceptível, em diversas situações apenas como gerador, sem tracionar o carro. Quando necessário, os dois trabalham juntos e entregam toda a potência e torque.
Na estrada, olho na via e no painel. Em trecho planos, o motor a combustão desliga e o Omoda 5 mantém a velocidade com o elétrico. Em descidas, momentos para aproveitar e regenerar e dispensar o 1.5 turbo por mais um trecho. O painel chegou perto dos 40 km/litro, mas a maior parte do tempo ficamos na faixa dos 25 a 28 km/litro, andando em velocidades entre 80 e 100 km/h, sempre com ar ligado.
Em Vitória (ES), com 1.049 km rodados, nosso Omoda 5 HEV ainda registrava um alcance de 187 km. Aproveitando bastante as descidas, ele ultrapassou bastante o esperado pelo Inmetro sem prejudicar o conforto dos ocupantes ou a segurança na estrada. É um sistema bastante competente e vai trazer algo novo para sua faixa de preço.


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